terça-feira, 6 de dezembro de 2016

CDL de Xaxim repudia desvirtuamento do pacote anticorrupção


Xaxim - Era para ser um projeto de lei de iniciativa popular. Através da indicação do Ministério Público Federal (MPF), a ideia expressava a vontade de mais de 2,5 milhões de brasileiros e sugeria 10 medidas contra a corrupção. Esse conjunto de medidas foi entregue ao Congresso Nacional. No entanto, na madrugada do último dia 30 de novembro – quando o mundo lamentava a tragédia com a Chapecoense - os deputados desfiguraram as propostas. Em Xaxim, a CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas), repudiou a ação que trouxe tão profundos cortes no texto inicial.
O Presidente da CDL de Xaxim, Marcelo Cardoso, explica que das 10 medidas de combate à corrupção - sugeridas pelos procuradores da República - seis foram retiradas do pacote e as quatro que restaram foram alteradas. Além de prever punição a juízes e procuradores, o texto excluiu a criminalização do enriquecimento ilícito, a facilitação para confisco de bens oriundos de corrupção e mudanças na prescrição de crimes.
“Somamos nossa indignação à todas as manifestações contra o desvirtuamento do pacote original. Não podemos admitir que a vontade de milhões de brasileiros, seja desrespeitada. Nós precisamos de representantes que estejam sintonizados com os anseios populares, que tratem com honestidade a gestão pública e com respeito o dinheiro dos tributos. Necessitamos de serviços públicos de qualidade, infraestrutura adequada e investimento em educação,” afirma o Presidente da CDL de Xaxim.
Na semana passada, a Rede Observatório Social do Brasil, à qual é apoiada pela CDL em Xaxim (por meio de participação direta no OSX - Observatório Social de Xaxim), divulgou um manifesto, declarado: “Não aceitaremos a tentativa de obstruir o aperfeiçoamento do combate à corrupção no País. Não se espera do Congresso que dificulte a recuperação de recursos desviados, que acoberte crimes de enriquecimento ilícito, que mantenha prazos irrazoáveis para a prescrição penal e que, casuisticamente, imponha responsabilização ampla e subjetiva a magistrados e procuradores envolvidos diretamente no enfrentamento a esse mal que tanto dano traz ao Brasil. Não!”